Para o hinduísmo, há uma consciência universal, e ela é Brahman e se manifesta em Atman, o espírito individual, que por sua vez, é um reflexo dessa consciência universal. O Vedanta (ou Uttara Mimamsa), que significa “a meta de todo o conhecimento”, é uma tradição espiritual explicada nos Upanishads (escrituras religiosas hindus), que se preocupa principalmente com o conhecimento, por meio do qual se pode compreender qual a real natureza da realidade, baseando-se em leis espirituais imutáveis que são comuns às tradições religiosas e espirituais ao redor do mundo.
Nessa linha de raciocínio, a própria teoria do Big Bang e a manifestação do nosso universo também seriam manifestações materiais da consciência universal. Esta consciência é imaterial, ou seja, não possui manifestação física, mas, por ser a força que cria todo o universo, também é criadora do ser humano, com seu cérebro, que podemos entender como um hardware, e a mente, o software, capaz de produzir manifestações que se tornam materiais no mundo físico
Nossa dificuldade para entender esses conceitos é que, para isso, apelamos para a lógica, para o pensamento racional e este está pautado na sentença: “Acredite apenas naquilo que seus olhos veem”, portanto, fomos condicionados a acreditar apenas no que podemos sentir, tocar, olhar, que é apreender algo dentro do nosso cérebro, através de um dos sentidos.
Para esta compreensão não mental, precisaríamos nos libertar das ilusões da mente, maya, para os hindus. Segundo eles, a realidade é objetivada na ilusão. A mente é o que nos impede de viver em estado de unicidade com a consciência universal, assim, vivemos identificados com aspectos da mente e ao nosso ego. O trabalho do iogue está em de desidentificar com esta mente que vive, portanto, na ilusão, e nos conectarmos, cada vez mais, a consciência pura. Para isso, há uma caminho, Ashtanga.
ASHTANGA (Asht – oito/ anga – parte) são os oito elementos do sistema de práticas relacionados ao Yoga, que pode ser usado como instrumento de libertação da mente. Dentre eles:
- Yamas – ética relacional
- Niyamas – ética íntima
- Asanas – posturas
- Pranayama – respiração
- Pratyahara – orientação dos sentidos
- Dharana – concentração
- Dhyana – meditação
- Samadhi – comunhão
Incorporar esses princípios de maneira genuína pode ser uma maneira muito inteligente de responder às demandas da vida. A essência desses conhecimentos é transparente e compreensível, quando abordada com precisão.
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