Ao meu olhar para a saúde integral, corpo e alma não têm distinção. Assim, ora olho para a mente como caminho de saúde física, ora olho para o corpo como forma de saúde mental. Assim, científico e espiritual andam lado a lado e não vejo fronteiras. Portanto, as informações sobre saúde física também fazem parte da minha visão para o autoconhecimento. Para embasá-las com propriedade, busquei a opinião de médicos experientes e profissionais competentes, os quais procuro citar em meus textos. Quando não há citação do nome do profissional, entende-se que se tratam de considerações que são fruto da minha compreensão sobre meu estudo e pesquisa.
Dessa forma, enfatizo que as informações científicas e médicas contidas nestes artigos derivam de pesquisas pessoais ou que fazem parte das formações nas áreas nas quais atuo. Assim, não pretendem, em hipótese alguma, servir de orientação médica e nem substituem a opinião de um profissional da área médica.
A vontade de introduzir este tema vai muito além da vontade de falar de nutrição física. Os processos de industrialização, a necessidade de fazer com que alimentos durem mais, por meio de conservantes, os agrotóxicos, tudo isso está deixando nossos alimentos sem vida. Essa falta de vitalidade traz consequências para nosso corpo, que sente os efeitos de uma dieta não natural, e para nossa mente, que está sob influência direta da alimentação. Não é novidade, os médicos afirmam que a alimentação tem efeito na saúde, inclusive sobre a incidência de certos tipos de câncer e doenças neurodegenerativas. Mas, como se não bastasse, uma dieta “artificial” traz consequências, também, para a saúde mental. Por conta disso, cada vez mais, as pessoas estão buscando uma nova abordagem alimentar. Mas a necessidade está muito além do corpo; trata-se, também, de necessidades espirituais. Rudolf Steiner, suíço criador da Antroposofia, dizia que a dificuldade de meditar vinha da alimentação; esta, quando feita de forma inadequada, não nos dá a força de vontade necessária para o trabalho espiritual. Além de sua atuação na pedagogia e medicina, Rudolf Steiner trouxe uma rica contribuição à agricultura, trazendo a agricultura biodinâmica, que visa disponibilizar forças vitais da natureza para o homem.
Por isso, esse tema tem profunda ligação com minha área de atuação, o autodesenvolvimento. A medicina do estilo de vida, hoje, desponta como uma nova medicina. Instituições como a Harvard Medical School investem em pesquisas e estudos que comprovam que a adoção de hábitos saudáveis no estilo de vida tem impacto na saúde integral do indivíduo; elas também já entendem corpo e mente como uma unidade, este é o princípio que rege a chamada Mind-Body Medicine (Medicina da mente e do corpo).
Alimentação, educação e autoconsciência
Se falarmos em hábitos, subentende-se que a frequência e o tempo deles estão em jogo; assim, quanto mais cedo iniciarmos os bons hábitos, mais saúde estamos construindo. Sim, a saúde é uma construção, e não o oposto de doença. Estamos nesse processo desde que nascemos. Daí a vontade de incluir a nutrição dentro dos temas do modelo de educação parental, a Parentalidade Essencial.
Ao aprendermos a conhecer mais sobre nosso corpo e mente, e incluirmos a espiritualidade em nosso cotidiano, vamos nos tornando autoconscientes, ou seja, conhecemos mais a nós mesmos. À medida que nos entendemos enquanto seres completos – portadores de corpo, alma e espírito – podemos fazer escolhas para nossa saúde integral, instaurando bons hábitos nesse objetivo. A conexão com nossas camadas mais sutis, aquelas além da corporalidade física, trazem nosso sentido à vida e passamos a ver a alimentação como um dos caminhos para a espiritualidade. Assim sendo, o alimento não é apenas uma forma de manter vivo o corpo físico mas, também, é a fonte de energia vital.
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