4. Salutogênese

Salutogênese (sallus, sanidade/  genesis, origem), modelo proposto por Antonovysky em 1968. Antonovysky fala da polaridade, como tudo na natureza, yin-yang, noite-dia, escuro-claro, amor-ódio; a polaridade está em tudo e não seria diferente com a patogênese e a salutogênse.

Antonovysky observou características dos sobreviventes dos campos de concentração e seus trabalhos contribuíram para o conceito de ser humano saudável e ajudou a definir os pilares fundamentais para que essas pessoas tivessem resistido a tanta dor e sofrimento. Ele fala em Senso de Coerência, baseado em:

• COMPREENSÃO, a confiança de que tudo é explicável, diferente do otimismo barato e da negação. É quando eu aceito a situação como ela se apresenta para mim. Aí entra a espiritualidade, que me dá certeza de que meu caminho está correto como é. 
• MANEJO, a busca de recursos internos para lidar com aquilo. E, se não os tenho, vou em busca deste. O manejo faz busca de algo em si mesmo, é a credibilidade na própria habilidade de lidar com situações e exercer impacto positivo na vida por meio de recursos disponíveis. 
• SIGNIFICADO, a capacidade de significar as experiências e, com isso, tirar um aprendizado.

A salutogênse fala sobre buscar um sentimento de coerência, entendendo que cada acontecimento em nossa vida acontece dentro de um contexto, o qual segue uma ordem. Esse sentimento nos tira do estado de impotência, em que somos como que arrastados para dentro de um buraco. Quando fazemos sentido de tudo o que nos chega, ainda que sejam situações difíceis ou dolorosas, passamos a atuar de um lugar onde não somos vítimas das circunstâncias e, sim, protagonistas de nossa vida. Essas perspectivas propostas nos permitem comtemplar e fazer um juízo mais coerente da vida.