Um tema leva a outro e, quando falamos em natureza, penso na minha responsabilidade diante de tudo que ganhei da Mãe Terra. Mas isso não significa exclusivamente preservar e cuidar do planeta e, sim, de tudo que faz parte da natureza, incluindo os seres humanos. Na minha vida, olho para os impactos que meus gestos, pequenos ou grandes, estão gerando. Primeiramente, ao meu redor, a pergunta que rege é: “Como a minha atitude muda a vida das pessoas ao meu redor?”.
É claro que toda ação gerará uma reação (mesmo que seja a longo prazo), mas nessa hora, minha pergunta tem um efeito muito mais direto, quero saber como o que eu desejo fazer influenciará a vida do outro. Muitas vezes, isso já é motivo para abandonar uma ideia, mesmo que eu a considere ótima. Mas quando ultrapasso o teste da primeira pergunta, vem a segunda, ainda mais difícil de dimensionar: “O que essa atitude, que impacta no ambiente ao meu redor e na escala maior? Como a ecologia é afetada com meu pequeno gesto?”.
É nessa balança que também procuro levar as pessoas com as quais tenho oportunidade de trocar sobre os temas do mundo corporativo. Sob essas lentes mais profundas, mesmo uma ideia aparentemente benéfica para muitas pessoas, pode ser desconsiderada, à medida que chegamos à conclusão de que ela contribui para inviabilizar a vida em nosso planeta. Mas isso não é levado pelo extremismo, e sim pela consciência. Quando, em um processo de facilitação, a própria pessoa ou grupo conclui que ela, sua empresa ou negócio não atuam de acordo com ideias que convergem para um futuro melhor para próximas gerações, a decisão de não ir em frente deve ser pensada novamente.
Olho não para nós, mas para nossos filhos, netos e adiante. A pergunta individual que rege é: “Que mundo quero deixar? Ou ainda: “Como posso deixar este mundo um pouco melhor do que o encontrei?”.
Perguntas, desse nível, ajudam-me a enxergar o mundo de maneira cíclica, perceber o quanto posso me tornar peça para a mudança que desejo ver no mundo e me traz a sensação de que não sou impotente diante de tantas coisas que julgo erradas neste mundo. Podemos e devemos começar, a partir de nós, da escala ao nosso alcance, o mundo “novo” que queremos construir. Alguns chamam de utopia, eu chamo de impulso da Vontade.
Comente, queremos ouvir você.
Acreditamos que a troca é fundamental para evolução da nossa consciência.
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