No intervalo de uma inspiração e uma expiração existe o que chamamos de VIDA. No ato de inspirar, trazemos o cosmos para dentro de nós, captamos sua energia; e na expiração, quando o ar sai, nós nos lançamos nele. Nesta alternância está a vida.
Nascemos e o sopro da vida chega através dos nossos pulmões; a medicina chinesa compara a vida a uma vela, que é acesa no nasci- mento e ali está contido nosso Jing, nossa “poupança” de energia vital que nos dará a vitalidade necessária para toda nossa existência. Esta energia está armazenada na região dos rins e participa plenamente do processo de respiração, pois os pulmões captam o ar externo, levando até os rins pela via das águas; os rins fazem a retenção do ar para que a captação do ar inalado seja plena. Durante a vida vamos consumindo nosso Jing. Em certa idade, nossa curva ascendente de vitalidade prin- cipia a cair; nosso Jing vai se esgotando até o momento que nosso “estoque” acaba, quando a chama se apaga e não podemos mais gerar o calor da vida; o “último suspiro”, quando então o ar se esvai dos nossos pulmões definitivamente.
O último sopro, a mala que fica, a casca quebrada; o livro A Mala do Opa traz metáforas que servem para adultos e crianças elaborarem o tema da morte. No fundo, precisamos de recursos para explicar aquilo a que nossa consciência humana não nos dá acesso ainda. Neste caso, o pensamento lógico e racional nos afasta do essencial quando queremos chegar próximo de algum entendimento.
A morte não é um fim, tampouco o nascimento é um começo e aqui entra a palavra inatalidade, como uma forma de existência. Se conseguirmos acolher que toda criança que nos olha carrega uma história pregressa, antes do nascimento terrestre, nossa relação com este ser se modifica e, com isso, altera-se também nossa relação diante de todo ser humano.
Há um passado e há um futuro a olhar e inatalidade é um dos ciclos de vida de uma individualidade. A função da pedagogia deveria ser ajudar a criança e o jovem, seres espirituais, a adaptar-se ao mundo terreno e ao mundo social.
“
Imortalidade – Inataliade;
só quem entende os dois, compreende a eternidade.
”
Rudolf Steiner
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